quinta-feira, 3 de junho de 2010

JARDIM BOTÂNICO DE BELÉM


O Jardim Botânico Tropical (JBT) está situado na zona monumental de Lisboa, em Belém, junto ao Mosteiro dos Jerónimos.

Ocupa uma área de cerca de 7 hectares, integrando um Jardim Botânico com cerca de 5 ha, que inclui uma estufa com aquecimento, e outros abrigos de vários tipos (IICT, 1983).

O Jardim Museu Agrícola Tropical (JMAT) foi criado em 25 de Janeiro de 1906 por Decreto Régio, no contexto da organização dos serviços agrícolas coloniais e do Ensino Agronómico Colonial no Instituto de Agronomia e de Veterinária, tendo-se denominado então Jardim Colonial.

Este Jardim, com uma forte vocação didáctica, é considerado “base indispensável ao ensino” por ser “indispensável o exemplar vivo para que a demonstração seja rigorosamente cientifica e educativa, para que o aluno não fique imaginando somente como são os animais e os vegetais, mas tenha a noção viva da realidade”.

Todavia, desde os seus primórdios o Jardim Colonial foi entendido, também, como centro de estudo e experimentação de culturas, como espaço de recolha de informação sobre a agricultura colonial, como centro promotor de relações com instituições congéneres (designadamente tendo em vista o intercâmbio de material vegetal) e como centro fundamental para a resposta a questões de índole técnica.
Na base para a organização dos serviços agrícolas coloniais, aprovadas e publicadas com o Decreto acima referido, estabelece-se, ainda, que a instalação do ensino agrícola tropical incluía um “laboratório” e um “museu” e que o Director do Jardim seria o docente da disciplina de Geografia económica e culturas coloniais.

Esta situação manteve-se até 1944, data em que o Jardim Colonial se funde com o Museu Agrícola Colonial para formar o Jardim e Museu Agrícola Colonial. Assim, o Jardim deixa de estar sob a dependência pedagógica do Instituto Superior de Agronomia e o seu Director deixa de ser um docente deste Instituto. A designação evoluiu em 1951 para Jardim e Museu Agrícola do Ultramar, passando a integrar-se em 1974 na Junta de Investigações do Ultramar, hoje Instituto de Investigação Científica Tropical. Em 1983 o Jardim adopta a designação actual de Jardim-Museu Agrícola Tropical (JMAT).
Inicialmente instalado nas Estufas do Conde de Farrôbo e respectivos terrenos anexos, o Jardim foi transferido em 1912 para a “Cêrca do Palácio de Belém”, onde ainda hoje se encontra.

Em 1983, o Jardim Museu Agrícola Tropical (JMAT), uma das unidades funcionais do IICT, vê as suas competências estabelecidas, referindo-se, de entre elas: “desenvolver e assegurar a manutenção de colecções de plantas vivas das zonas tropicais e subtropicais, ao ar livre ou em ambiente confinado, com classificação e catalogação actualizadas, que constituem material de estudo e ensino”.

Actualmente os objectivos do Jardim Botânico Tropical, designação recentemente atribuída, perspectivam-se em três vertentes: a de "montra" das actividades do IICT, a de "palco" de exposições e outros eventos capazes de atrair o público e de aumentar a sua visibilidade e a de “pólo científico".


Como membro de associações internacionais como o Botanic Gardens Conservation International, a Associação Ibero-Macaronésica de Jardins Botânicos e o European Botanic Gardens Consortium, o Jardim Botânico Tropical promove a implementação da Internacional Agenda for Botanic Gardens in Conservation (Jackson & Sutherland 2000) com a aplicação dos princípios da Convenção sobre Diversidade Biológica e o respeito pelas directivas emanadas pela Global Strategy for Plant Conservation.
Para a dinamização e realização de actividades de índole científica, técnica, educacional, cultural e de apoio à comunidade, compatíveis com os objectivos do Jardim Botânico Tropical, foi criada, em 17 de Junho de 2005, a Liga dos Amigos do Jardim Botânico Tropical, associação sem fins lucrativos que se propõe, ainda, angariar fundos complementares e contribuir para a definição das linhas orientadoras do Jardim Botânico Tropical.


Parte da informação foi recolhida em:
Visão estratégica da competência Nuclear Acesso e Preservação do Património - PAT (25/11/05)

Para mais informações sobre a história do Jardim veja-se:
Almeida, J. 1924. Jardim Colonial. Guia de Portugal, 2ª ed., Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, vol. I: 401-402.
Almeida, J. 1927. O Jardim Colonial de Lisboa. Brotéria, número especial: 89-102.
Fragateiro, B.O. 1935. Jardim Colonial. Guia de Portugal Artístico, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, vol. II: 23-32.
Instituto de Investigação Científica Tropical (ed.) 1983. O Jardim-Museu Agrícola Tropical. Da Comissão de Cartografia (1883) ao Instituto de Investigação Científica Tropical (1983). 100 Anos de História. IICT, Lisboa: 181-193.
Liberato M.C. & Moura I. 2003. ZAMIACEAE no Jardim-Museu Agrícola Tropical. Anais do Instituto Superior de Agronomia 49: 119-144.
O Jardim Botânico / Plantas do Jardim / Catálogo de Plantas

O Parque e Estufas do Jardim Botânico Tropical reúnem um conjunto de cerca de 500 espécies perenes, algumas das quais com subespécies ou variedades.

A maioria das espécies é de origem tropical ou subtropical, no entanto, dado o carácter não só de investigação, mas também didáctico e de lazer do Jardim, existem algumas originárias de regiões temperadas.

De entre o acervo deste Jardim, podem salientar-se os seguintes exemplares:

- Ficus macrophylla Pers. e F. sycomorus L., pelo porte notável que exibem;

- Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco, Dracaena draco (L.) L.,
várias espécies de Encephalartos, lauráceas de origem macaronésica como Apollonias barbujana (Cav.) Bornm., (Steud.) Franco, Ocotea foetens (Aiton) Benth. e Persea indica (L.) Spreng. e palmeiras (C.Moore et F.Muell.) Becc., Jubaea chilensis (Molina) Baill. e Washingtonia filifera (Linden) H.L. Wendl., espécies ameaçadas de extinção;

- Ginkgo biloba L. e Eucommia ulmoides Oliv., espécies que se supõe actualmente extintas nos seus habitats naturais;

- Cycas revoluta Thunb., espécie dióica, conhecida desde o Triássico, que apresenta as flores femininas mais primitivas;

- Elevado número de espécies de interesse económico das famílias Agavaceae, Araceae, Myrtaceae, Moraceae e Palmae utilizadas na alimentação, como fornecedoras de madeiras ou fibras, usadas para sombreamento de culturas ou arruamentos e ornamentais, entre outras.


Esta informação, assim como uma listagem completa das espécies existentes no Jardim poderá ser obtida em: Liberato, M.C. 1994. Catálogo de Plantas do Jardim-Museu Agrícola Tropical. Lisboa, Instituto de Investigação Científica Tropical / Fundação Berardo, 101 pp.

O Jardim Botânico / Plantas do Jardim / Índex Seminum
Os Índices Seminum são listas de sementes que os jardins botânicos editam anual ou bienalmente. Estas sementes, colhidas nos próprios jardins ou na natureza, destinam-se ao intercâmbio com instituições congéneres de todo o mundo. As instituições que as recebem comprometem-se a utilizá-las para benefício público, em investigação, educação ou no enriquecimento das suas colecções botânicas.

O Índex Seminum do Jardim Botânico Tropical é editado desde 1949. Este catálogo inclui, actualmente, sementes de 100 taxa e é enviado a centenas de jardins botânicos, arboretos e departamentos universitários que participam nesta permuta internacional. As amostras pedidas são enviadas a título gratuito e tratando-se de um intercâmbio, há também a possibilidade recíproca de receber sementes dos cinco continentes, destinadas à valorização das colecções do Jardim e à investigação.

A Associação Ibero-Macaronésica de Jardins Botânicos publica desde 1991, com periodicidade anual, uma colecção conjunta de Índices Seminum, que integra um exemplar do Jardim.

Animais observados no JBT


Espécies exógenas no Jardim Botânico Tropical - Quando os pardais forem raros...

Frequentemente as pessoas mantêm junto de si animais de várias espécies que, no geral, se designam por animais de companhia. As razões porque o fazem, as ligações que estabelecem, as dependências que se constituem e tantos outros aspectos são campos de investigação de ciências como a Sociologia, a Antropologia, a Psicologia ou a Biologia. Os animais de companhia, frequentemente exóticos, são tantas vezes objectos de consumo, produzidos quer em cativeiro, semi-cativeiro ou em liberdade controlada, quer obtidos nos seus próprios habitats.
O tráfico de animais de companhia, legal e, infelizmente, ilegal, adquire valor económico relevante em áreas tropicais e subtropicais ricas em património natural, mas com indicadores de desenvolvimento baixos.
Exportados e depois comercializados noutras regiões que não as das suas áreas naturais estes animais constituem potenciais “propágulos” das espécies a que pertencem, sempre com consequências mais ou menos danosas para as espécies autóctones.
As cidades, pelo seu número de habitantes e correspondente número de animais de companhia, são pontos de introdução de espécies exóticas; por outro lado, outras espécies exóticas já introduzidas, nomeadamente as de plantas ornamentais (as cidades têm jardins mas não recriam as paisagens naturais que as rodeiam) que podem constituir habitats de pouca qualidade para muitas espécies autóctones, constituem certamente habitats potenciais para muitas espécies exógenas.
É assim que hoje se vêm nos jardins de Lisboa várias espécies exóticas de animais de companhia, algumas, provavelmente, já estabelecidas. Se elas irão utilizar apenas a cidade ou se irão ocupar também áreas naturais só com o decorrer do tempo se constatará.

EVENTO - BAPTIZADO DE BEATRIZ MELO




Baptismo
Dia 27 . Setembro . 2010
Pelas 11.30h
Igreja da Graça – Lisboa
Duração – Aproximadamente 1h

Convidados
Crianças – 12
Mulheres – 60
Homens – 46


Total – 118 Convidados

Lembranças

Crianças


Homens


Mulheres



Local :
-» Jardim Botânico de Belém

Cocktail
Almoço , Lanche e Bolo de Baptismo


Material
-» Cadeiras
Adultos
Crianças
-»Actividades para Crianças :
palhaços (www.hotfrog.pt)
karaoke (www.nbkaraoke.com)


Bebidas
Sumos c/ Gás
Sumos s/ Gás
Água c/ Gás
Água s/ Gás
Vinho Tinto
Vinho Branco
Cerveja c/ Álcool
Cerveja s/ Álcool
Whisky
Café

Comida
Aperitivos
Porco no Espeto
Batatas
Arroz
Ingredientes para Salada
Fruta
Ingredientes para Doces

Responsável
Situado no Bairro da Graça


Decoração

Luísa Maria Campos Correia
(Responsável)

O Baptizado
O baptismo marca a entrada na comunidade religiosa. É o primeiro de todos os sacramentos. Todas as confissões cristãs – católica , ortodoxa , e protestante – administram o baptismo e reúnem-se nesse acto de fé, apesar das diferenças no ritual. A água é o símbolo principal do baptismo que a criança recebe oficialmente o seu nome cristão, escolhido, por vezes, na Bíblia, entre os nomes de santos ou de festas religiosas.

Padrinho e Madrinha
Todo o baptizado, criança ou adulto, é acompanhado por um padrinho e uma madrinha. O papel destes não se limita à cerimónia, mas a ajudá-lo até à idade adulta, na sua educação religiosa e na sua vida pessoal. Deverão estabelecer com o afilhado uma relação privilegiada de confiança e ternura, comprometendo-se a assumir a sua educação religiosa em caso de desaparecimento ou incapacidade dos pais.


Recepção de Baptizado
O baptismo é uma grande alegria e uma festa para todos, família, e comunidade cristã. A cerimónia é geralmente seguida de uma recepção de carácter familiar e intimo mais do que mundano.
Pode-se consistir um pequeno-almoço ou um almoço, em casa dos pais. O padre que administrou o sacramento participa na reunião familiar.
Os amigos e os parentes são convidados por telefonema ou por um cartão manuscrito.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

JARDIM BOTÂNICO DA TAPADA DA AJUDA


“Jardim do século XVIII, final do barroco, espaço de rigor geométrico, foi o primeiro jardim botânico português, devendo ser considerado como a primeira e a mais importante instituição dedicada à cultura da história natural do País.

Após o terramoto de 1 de Novembro de 1755, o Marquês de Pombal mandara construir na Ajuda, nessa época subúrbio da capital, um edifício de madeira, abrigo e residência provisória da família real, que ficou conhecido pelo nome de «Paço Velho», e que, no reinado de D. Maria I, desapareceu devido a um incêndio. Para implantação do Real Jardim Botânico, no sítio de Nossa Senhora da Ajuda, D. José I comprou ao conde da Ponte a quinta que este possuía junto ao Paço da Ajuda. Inicialmente esta quinta destinou-se à cultura de frutas e hortaliças necessárias ao palácio real.

Por influência de Miguel Franzini, professor dos príncipes D. José e D. João, netos do rei e filhos da que viria posteriormente a subir ao trono com o nome de D. Maria I, foi projectado o 15.º Jardim Botânico da Europa.

Em 1765, por ordem de D. José, foi encarregado de delinear e dirigir as obras do Real Jardim Botânico da Ajuda o Dr. Domingos Vandelli e de as inspeccionar o ministro da Marinha, Francisco Xavier de Carvalho, irmão do 1.º Marquês de Pombal. Destinava-se o jardim, tal como o Museu de História Natural e o Gabinete de Física, instalados num edifício próximo, à educação dos príncipes, em particular a D. José, então com 15 anos e destinado a suceder a sua mãe, caso não tivesse falecido.

Na Europa, tal como anteriormente se mencionou, já desde 1543 se vinham a construir jardins botânicos destinados a instruir todos os que quisessem estudar os enigmas do mundo vegetal, podendo citar-se, nomeadamente, os de Pisa, Pádua, Bolonha, Montpellier, Estrasburgo, Paris e Madrid.

Vandelli, em 1791, após ter sido jubilado da Universidade de Coimbra, foi nomeado director do inicialmente denominado «Real Jardim Botânico da Ajuda, Laboratório Químico, Museu de História Natural e Casa do Risco». Mandou vir plantas vivas e sementes dos jardins botânicos de todo o mundo, chegando a coleccionar mais de 5000 espécies. No entanto, em finais do século XVIII, apenas existiam 1200 espécies em cultura: a administração do mestre jardineiro Júlio Mattiazi, que Vandelli mandara vir de Pádua, tinha privilegiado as obras e descurado a conservação dos espécimes.

Vandelli seguia o sistema natural de Lineu da edição de Murray para classificar as plantas; no início da sua actividade como director do jardim foi-lhe muito dedicado, no entanto, no final deixou-o decair.
Por morte de Francisco Xavier de Carvalho, foi o inspector-geral do jardim, Martinho de Mello, que mandou construir duas estufas destinadas a plantas exóticas, promoveu a cultura de plantas úteis, mandou vir do Brasil, Angola e Cabo Verde muitas plantas e remeteu para o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra muitas sementes. Foi neste período, e por ordem do rei D. João VI, que o jardim e o museu foram abertos ao público. Todas as quintas feiras, desde que não coincidisse com dias santos, podiam ser visitadas.
A este inspector sucedeu o marquês de Ponte de Lima. Durante o período da responsabilidade deste último, o número de espécies existentes aumentou devido ao incremento das ofertas pelos governadores das colónias.

O segundo director, Félix de Avellar Brotero, também após ter sido jubilado da Universidade de Coimbra, fez reviver o jardim. Na opinião deste ilustre botânico, iniciador dos estudos de botânica taxonómica, que em 1811 foi empossado como administrador e director, a instituição que lhe tinha sido confiada, apesar de nela se encontrarem muitas plantas raras e úteis em medicina, agricultura e arte, tinha sido estabelecida sem rigor científico. O País tinha sofrido as invasões francesas e as verbas para a manutenção e progresso do jardim tinham sido retiradas. Brotero, que permaneceu até 1828 como director do Jardim Botânico da Ajuda, com os recursos que possuía introduziu os melhoramentos que pôde, inclusive uma fonte no bosque, muita apreciada pelo próprio rei D. João VI, o qual, num passeio ao jardim, após ter regressado ao Reino, recomendou a Brotero que a conservasse, por ter achado a água muito fresca.

Durante o período da administração do Brotero foram cultivadas muitas plantas, no entanto, na opinião do Dr. José Sanctos do Valle (terceiro director), nunca por ordem sistemática. O catálogo das plantas em cultura da autoria de Brotero regista 1370 espécies.

Após a morte de Brotero, o Jardim da Ajuda passou por uma fase de decadência; o longo período da usurpação e a substituição do seu director levaram quase à sua total ruína.

Em 23 de Maio de 1834 foi nomeado director, por decreto de D. Pedro IV, o Dr. José de Sá Ferreira e Sanctos do Valle, lente da Faculdade de Filosofia da Universidade de Coimbra, cargo que desempenhou apenas durante dois anos. Posteriormente, o Real Museu e Jardim Botânico da Ajuda, por decreto de 27 de Agosto de 1836, foi confiado à administração da Academia das Ciências.

Quando, em Janeiro de 1837, a Escola Politécnica foi instituída, foi reconhecido ser indispensável a existência de um jardim botânico, o que não podia ser improvisado de um momento para o outro, pelo que, em Outubro de 1838, Xavier de Almeida, professor da 8ª cadeira (Anatomia e Fisiologia Comparadas e Zoologia) do curso de Introdução à História Natural dos Três Reinos, foi encarregado provisoriamente do ensino da Botânica e da administração do Real Museu e Jardim Botânico da Ajuda. A partir de Novembro de 1838 os dois estabelecimentos passaram a ficar incorporados na Escola Politécnica.

Em Junho de 1839, o ministro dos Negócios do Reino concordou com a incorporação do Jardim Botânico na Escola Politécnica, mas não com a entrega do Museu de História Natural. No mês seguinte a direcção científica do Jardim Botânico era confiada ao lente da 9ª cadeira (Botânica e Princípios de Agricultura), no entanto, no primeiro concurso destinado à escolha de professor para a referida cadeira decidira-se a exclusão do único candidato, o Dr. José Maria Grande, pelo que o Prof. Xavier de Almeida desempenhou na interinidade as funções de director. Após uma segunda votação ordenada pela rainha, D. Maria II, o Dr. José Maria Grande foi aprovado lente da 9ª cadeira e, consequentemente, director efectivo do Jardim Botânico a partir de Julho de 1840.

O célebre botânico austríaco Friedrich Welwitsch encontrava-se em Portugal desde Julho de 1839, a fim de efectuar uma viagem de estudo aos Açores, Canárias e Cabo Verde subsidiada pela “Unio Itineraria”, associação com sede em Essligen, cujo objectivo era proporcionar a realização de expedições científicas. No entanto, devido às tempestades, as viagens entre Lisboa e as ilhas tornaram-se irregulares, o que teve como consequência Welwitsch não ter prosseguido além de Lisboa e ter apresentado uma pretensão na Secretaria de Estado dos Negócios da Guerra para ser nomeado preparador de Botânica na Escola Politécnica. Não estando previsto o cargo de preparador ou demonstrador para a 9ª cadeira, e após o falecimento do mestre do Jardim da Ajuda, foi decidido pelo conselho escolar que se contratasse o Dr. Friedrich Welwitsch como conservador dos estabelecimentos botânicos da escola. Em Dezembro de 1840, o próprio primeiro-ministro, o duque de Palmela, confiou-lhe o lugar de director do Jardim Botânico. Durante a curta permanência do distinto naturalista, muitas espécies novas, muitas delas exóticas, foram enriquecendo o jardim. No final de 1844 Welwitsch já exercia as funções de orientador do Jardim do Lumiar, anteriormente adquirido pelo duque de Palmela, bem como a superintendência de outros jardins que o duque possuía dispersos por diversos pontos do País.

Em 1848, o Prof. Dr. J.M. Grande procurou melhorar as colecções de vegetais em cultura e, tendo entregue o ensino durante alguns dias ao seu substituto, o Prof. Andrade Corvo, concluiu as determinações das plantas ainda não identificadas.

Também o Prof. e Conselheiro João de Andrade Corvo e o Prof. Conde de Ficalho se esforçaram por fazer melhorar o jardim, tentando a sua utilização para o ensino e o seu embelezamento.

Quando, em 1868, Glasnevin, director da Real Associação Botânica de Dublin, visitou Portugal, descreveu do seguinte modo a sua opinião sobre o Jardim Botânico da Ajuda: “Em parte do jardim estão as plantas classificadas segundo o sistema de Lineu, mas em outra parte tivemos o prazer de ver escrita a indicação de que na disposição das plantas se seguiam ali as Ordines Naturales Systematis Lindley.
Na era presente interessa examinar aquele antigo jardim, que fornece um dos melhores exemplos que podem encontrar-se do que foram os jardins botânicos no século XVI e parte do XVII. As suas estufas, que são bem poucas, têm igualmente uma construção antiquada, estando bastante vazias no tempo em que as visitámos. As melhores plantas eram as que vimos plantadas em pleno ar, e entre elas notámos com especialidade a Araucaria excelsa, Ficus elastica, Lagerstroemia indica, Pittosporum tobira e Pittosporum undulatum, medindo de altura uns 20 pés e perfeitamente cobertos de semente[…]”.

Em 1874 o jardim foi entregue à administração da casa real, tendo decaído progressivamente. No tempo de D. Luís foi mandada edificar a estufa das orquídeas, sob a direcção de D. Luís de Mello Breyner, director da Real Associação Central da Agricultura Portuguesa. A partir daí sucederam-se várias direcções, até que foi entregue ao Instituto Superior de Agronomia, em 1918. Neste ano o Prof. Rasteiro fez a reconstituição do tabuleiro inferior, dando-lhe o mesmo aspecto que já se observava na planta de 1869.

Em 1934, sob a direcção do Prof. André Navarro, ocorreram benefícios importantes e foi também nesta data que o Prof. Caldeira Cabral estabeleceu o traçado dos canteiros do tabuleiro superior, que se tinha perdido completamente.

Em 1975 e 1976, uma comissão de gestão dirigiu o jardim. Desta comissão fazia parte um elemento do Gabinete de Botânica, outro da Secção de Arquitectura Paisagista e outro da Secção de Construções Rurais. Durante este período actualizou-se a identificação de mais de 100 espécies de plantas ornamentais cultivadas no jardim e este serviu de apoio ao ensino e investigação em floricultura.”

Caixinhas, L. (1991). História dos
Jardins botânicos de Portugal. In:
Menzel-Teltenborn, H. et al.,
Botânica 2. Círculo de Leitores e
Bertelsmann Lexikothek Verlag
GmbH: 170-174.

Entre 1993 e 1997, com o apoio do Prémio de Conservação do Património Europeu e do Fundo de Turismo, sob a orientação da Profª. Cristina Castel-Branco, procedeu-se a um restauro do Jardim com a recuperação da colecção botânica, o restauro do sistema de rega e a instalação do Jardim dos Aromas.

Estufas:
Estufa das Avencas e Estufa dos Pássaros

Durante o reinado de D. João VI, o inspector-geral do Jardim Botânico da Ajuda, Martinho de Mello, mandou construir duas estufas destinadas a plantas exóticas: a Estufa das Avencas e a Estufa dos Pássaros. A Estufa das Avencas, situada no extremo nascente do Jardim, continua a ser utilizada para o cultivo de plantas exóticas, muitas das quais conhecidas como plantas ornamentais de interior. A Estufa dos Pássaros marca o extremo poente do Jardim. Actualmente, está ocupada pelo Restaurante Estufa Real, após o restauro que se efectuou no Jardim, entre 1993 e 1997.
Estufa das orquideas
Projectada e mandada construir em 1879, pelo então director do Jardim, D. Luís de Mello Breyner, no reinado de D. Luís I, a Estufa das Orquídeas foi considerada a mais notável do país, tanto pela sua construção, como pela cultura das plantas que encerrava. A grande inovação desta estufa reside no facto de estar parcialmente enterrada. O isolamento dado pelo solo evita as perdas de calor durante os meses mais frios e reduz o aquecimento excessivo da estufa durante o Verão.

As portas, de dois batentes, foram construídas no país, mas os vidros foram mandados fazer numa fábrica de Paris. Inicialmente, existiam 286 espécies de orquídeas em cultura classificadas segundo o sistema natural de John Lindley.

No decurso deste ano foi iniciado o restauro desta estufa com a recuperação do chão de pedra de lioz e das grelhas de ferro do chão. Actualmente, está em curso o restauro das fechaduras de ferro existentes nas portas e do sistema de aquecimento. Será também introduzido um sistema de rega automático. Planeia-se a substituição dos vidros das portas por réplicas dos originais. Pretende-se ainda no decurso de 2006 devolver-lhe a sua função inicial – estufa de orquídeas.

Estufa D. Luís
A Estufa D. Luís é da mesma época da Estufa das Orquídeas. Até há poucos anos, encontrava-se muito degradada. Em 2004, iniciou-se o seu restauro: reparação da estrutura de ferro; colocação de vidros; instalação de um sistema automático de ensombramento; colocação de novas grelhas na calha de humidificação. Actualmente, é utilizada para a propagação vegetativa
.

EVENTO - LANÇAMENTO DE UM LIVRO

“O amor pelos livros só deve ser apreciado quando sabemos estimar os livros pelo que eles valem (...) e quando possuímos os livros tanto para nós quanto para os outros e quando os compartilhamos com prazer e sem reservas.”


Para poderem perceber um pouco melhor o conceito do meu Livro é importante apresentar-me, e conhecerem o meu gosto pelos livros, pelas folhas, pelas letras, pelas palavras, pelo prazer de ler, escrever, e no fim, conseguir fazer todo este projecto.
E…
… aos 2 anos descobri o meu nome, Cláudia. Aos 5 que não podia viver sem os meus Pais e Avós. Aos 6 anos descobri que os livros iam para sempre fazer parte da minha vida. Aos 15 os melhores amigos do mundo. Aos 18 o melhor namorado. E aos 20 o Marketing, a Publicidade e as Relações Públicas. Considero que nunca é tarde para descobrirmos aquilo que gostamos, e quando podemos juntar todas essas coisas e sermos felizes, melhor ainda.
E foi mesmo isso que fiz com o meu projecto. Juntei páginas da Cláudia, juntei mimos dos pais, avós, amigos e namorado. Juntei as minhas disciplinas favoritas. E peguei nos livros, aqueles que desde sempre fazem parte da minha vida e tornei este o Livro da Minha Vida… até agora!
Os livros são uma grande parte de mim, e daquilo que me caracteriza. Adoro ler, sou viciada em livros, em estantes de bibliotecas, sonho ter uma só minha. E esse sonho pode ser realizado ao concretizar cada página, cada linha, cada palavra e cada frase que deste livro fazem parte. Consegui dar a conhecer a minha Paixão e mostrar que ler, e gostar de ler, não é assim tão difícil.
Espero então que este Nosso Livro seja tão bom de ler como o foi a fazer. Os livros da nossa vida podem estar em qualquer lugar, quem sabe se não começarão aqui?
Boas Leituras!

Perfil da autora:
Cláudia Campos tem 22 anos e é uma das mais novas autoras Portuguesas. No 2º ano do curso de Publicidade e Marketing da Escola Superior de Comunicação Social. Concilia o seu amor pela escrita com a paixão pelo Marketing.
Cláudia Campos lança agora o seu primeiro livro e promete surpreender os leitores com uma escrita fresca, jovem e cheia de emoção.









Cocktail

Neste nosso evento, iremos ter um pequeno lanche com:

- Caviar
- Tostas com queijo
- Canapés
- Champanhe
- Água
- Sumos
- Martini
- vinho do porto

terça-feira, 1 de junho de 2010

JARDIM BOTÂNICO DA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA


O Jardim Botânico da Universidade de Lisboa é um jardim científico, projectado em meados do século XIX. Começado a plantar em 1873, por iniciativa dos professores Conde de Ficalho e Andrade Corvo, acabou por ser inaugurado em 1878. Foi desde logo considerado um moderno e útil complemento para o ensino e investigação botânicas na Escola Politécnica, escola símbolo dos novos rumos de progresso social e científico que a revolução liberal trouxe a Portugal.
O local escolhido no Monte Olivete para a implantação do novo jardim tinha já mais de dois séculos de tradição no estudo da Botânica, iniciado desde o colégio jesuíta da Cotovia aqui sediado, com o seu Horto Botânico.
A enorme diversidade de plantas recolhidas pelos seus primeiros jardineiros, o alemão E. Goeze e o francês J. Daveau, provenientes dos quatro cantos do mundo em que havia territórios sob soberania portuguesa, patenteava a importância da potência colonial que Portugal então representava, mas que na Europa não passava de uma nação pequena e marginal.
A elevada qualidade do projecto, bem ajustado ao sítio e ao ameno clima de Lisboa, cedo foi comprovada. Mal acabadas de plantar, segundo o caprichoso desenho das veredas, canteiros e socalcos, interligados por lagos e cascatas, as jovens plantas rapidamente prosperavam, ocupando todo o espaço e deixando logo adivinhar como, com o tempo, a cidade viria a ganhar o seu mais aprazível espaço verde e o de maior interesse cénico e botânico. Em pleno coração de Lisboa e em forte contraste com o seu bulício, as cores e as sombras, os cheiros e os sons do Jardim da Politécnica dão recolhimento e deleite. E, tratando-se de um jardim botânico, outras funções desempenha o Jardim, que não apenas as de lazer e recreio passivo.
As colecções sistemáticas servem vários ramos da investigação botânica, demonstram junto do público e das escolas a grande diversidade de formas vegetais e múltiplos processos ecológicos, ao mesmo tempo que representam um meio importante e efectivo na conservação de plantas ameaçadas de extinção.
Algumas colecções merecem menção especial. A notável diversidade de palmeiras, vindas de todos os continentes, confere inesperado cunho tropical a diversas localizações do Jardim. As cicadáceas são um dos ex-libris do Jardim. Autênticos fósseis vivos, representam floras antigas, que na maioria se extinguiram. Hoje, são todas de grande raridade, havendo certas espécies que só em jardins botânicos se conservam. O Jardim é particularmente rico em espécies tropicais originárias da Nova Zelândia, Austrália, China, Japão e América do Sul, o que atesta a amenidade do clima de Lisboa e as peculariedades dos microclimas criados neste Jardim.
Na esteira do que acontece na generalidade dos jardins botânicos, também este Jardim, em estreita colaboração com os restantes museus da Politécnica desenvolve, em permanência, activos programas de educação ambiental, para os diferentes níveis etários da população estudantil e oferece visitas temáticas guiadas.


EVENTO-Jantar final de 1º ano do Curso de Marketing e Publicidade da ESCS

O nosso jantar terá 28 alunos

Entradas e aperitivos

- Caracóis
- Moelas
- Gambas
- Polvo à vinagrete

Carnes

- Carne grelhada com arroz e batata frita
- Carne de porco à portuguesa com batata frita

Peixe

- Bacalhau com natas
- Chocos fritos com arroz ou batata cozida

Bebidas

- Sumos com gás
- Sumos sem gás
- Água
- Cerveja
- Sangria
- Vinho do porto
- Martini

Sobremesas

- Fruta variada
- Doces variados